Museu orgânico de agricultura familiar é inaugurado no Sítio Lírio
- viseminariochapada
- há 1 dia
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O primeiro museu orgânico da agricultura familiar apresenta as boas práticas de convívio entre o homem e a natureza

Nesta quinta (05/06) houve a inauguração do Museu Orgânico da Agricultura Familiar Lavida. O local é situado no Sítio Lírio em Santana do Cariri, é caracterizado pela produção de mel de abelha e pela importância da apicultura para a economia local.
A responsável pela iniciativa, Damiana Vertano, disse na ocasião que desde jovem aproveitava o material da natureza do Sítio Lírio para reaproveitá-lo de forma sustentável, o que acabou culminando no trabalho deles de preservação com as abelhas da região.
“Tudo começou em 1995, quando começamos a observar o que poderíamos fazer com a natureza daqui do Sítio, a partir da migração do cultivo da mandioca, do monocultivo e da chegada das abelhas. Todos esses fatores fizeram com que passássemos a viver, conviver, cuidar e organizar essa cadeia produtiva, que é um sistema de produção voltado para a economia, para o social e para a educação de forma sustentável” - contou Damiana Vertano durante o evento.

Conforme a jovem Laís, filha de dona Damiana e defensora da agricultura sustentável, ela falou sobre a riqueza da importância do trabalho realizado no local. “O LAVIDA não é só um espaço rural. É um modo de existir. É terra, é mel, é memória viva. É um campo onde o saber científico e o popular se cumprimentam como velhos amigos. Por ali, planta-se com respeito, colhe-se com consciência e vive-se com propósito. É a agricultura familiar que não se rende à pressa nem ao esquecimento. Cada alimento colhido carrega o nome de quem o plantou, o sabor do solo e a alma da floresta. Cada mel engarrafado traz consigo a dança das abelhas e o perfume das flores da Chapada. O LAVIDA é terra que ensina, é floresta que acolhe, é um pedaço de mundo onde o futuro é cultivado com as mãos.”
O momento contou com as falas do prefeito de Santana do Cariri, Samuel Cidade Werton, do criador da Fundação Casa Grande, Alemberg Quindins, do presidente da FECOMÉRCIO, Luiz Gastão Bittencourt, além de outros convidados.

Luiz Gastão Bittencourt ressaltou a importância do novo museu para o território. “Ver essa família que se une contra diversos obstáculos,como falta de luz, de água, de transporte no início do processo deles aqui, então ver que eles puderam se instalar no topo da serra e dizer ‘aqui eu quero implantar ordem, aqui eu quero implantar uma forma de vida e aqui eu quero fazer o que a gente possa demonstrar’ mostra que o que eles fazem aqui não trazem só a subsistência deles, eles trazem de todo um ecossistema que está plantado aqui em cima da serra”.

O projeto dos museus orgânicos é uma realização do Sesc em parceria com a Fundação Casa Grande, que realiza a curadoria do projeto.

O momento terminou com a apresentação do grupo de dança artística “Coqueiras dos Baixios”, que performaram uma dança típica da região.


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