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3º dia de seminário trouxe experiências de territórios nacionais e internacionais reconhecidos como Patrimônio Mundial

  • viseminariochapada
  • 7 de jun.
  • 4 min de leitura

As rodas de conversa da manhã se dedicaram ao compartilhamento de experiências de locais diferentes que foram reconhecidos como Patrimônio Cultural pela Unesco


Edna Roza durante a apresentação sobre a Paisagem Cultural Cafeeira da Colômbia (PCCC)
Edna Roza durante a apresentação sobre a Paisagem Cultural Cafeeira da Colômbia (PCCC)

Neste sábado, a programação começou com a palestra da professora Edna Rozo, da Faculdade de Administração de Empresas Turísticas e Hoteleiras da Universidade Externado da Colômbia e membro da Rede Unesco UniTwin de cultura, turismo e desenvolvimento. 


A pesquisadora falou sobre o trabalho realizado na Paisagem Cultural Cafeeira da Colômbia (PCCC), que hoje é reconhecida como Patrimônio Mundial. Ela explicou sobre o território e sua abrangência e ressaltou que atualmente existem 51 municípios cafeeiros e 557 mil famílias cafeicultoras. 


Um dos locais destacados pela doutora foi Antioquia, um dos 32 departamentos da Colômbia, que possui atualmente cerca de 80 mil famílias, e é um local de transmissão de saberes, onde a construção de conhecimento é passado de gerações. 


“No século XIX, o Estado Colombiano tomou a decisão de promover o desenvolvimento econômico e social da área que hoje é ocupada pelos quatro departamentos, com base em uma política de ocupação de terras que não haviam sido declaradas, como a Paisagem Cultural Cafeeira, que era uma área de selva composta por floresta andina e floresta alto-andina. Então, as pequenas famílias da região de Antioquia começaram a se mudar para baixo e ocupar o departamento de Vale do Cauca. Foi então a partir desse processo de migração de famílias pobres, que, buscando uma forma de vida melhor, começaram a desenvolver a estrutura desse lugar”, destacou Edna Roza.


Edna Roza contando sobre o contexto histórico da região cafeeira da Colômbia
Edna Roza contando sobre o contexto histórico da região cafeeira da Colômbia

Edna também ressaltou que para a Unesco considerar o local oficialmente como Patrimônio Mundial, tiveram que demonstrar como o local é um exemplo de uma paisagem cultural única, sustentável e produtiva, além de comprovrar a representatividade da tradição dessas famílias que trabalham com a produção de café.


“Em 1990, foi desenvolvido o parque temático Panaca, que fez com que a região começasse a ser promovida para o turismo, que seria altamente valorizado por meio de práticas turísticas dinâmicas. A arquitetura, chamada de arquitetura antioqueña, faz parte da oferta turística, por conta dos tipos de fazenda que se assemelham a chalés, só que para a produção de café”, apontou a pesquisadora.


Edna Roza mostrando um exemplo de arquitetura característica da região do PCCC
Edna Roza mostrando um exemplo de arquitetura característica da região do PCCC

A segunda roda de conversa foi com a pesquisadora italiana Emanuela Canghiari, da Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne Artesanato, que falou sobre o desenvolvimento do turismo e inclusão da comunidade no Peru, a partir de sua pesquisa antropológica da região.


A pesquisa feita por Emanuela aponta a história do Peru através da arqueologia presente na região e o turismo criado nas comunidades peruanas. Este turismo arqueológico conversa com a religião, crenças e culturas do local, como as cerâmicas, pinturas antigas, monumentos e danças relacionadas a culturas antigas de civilizações que se misturaram.


“Há um julgamento moral na incapacidade de valorizar os recursos do país, não apenas o patrimônio arqueológico, mas também as diferenças entre os recursos naturais. Há muito para ver, há muita riqueza e há problemas que impedem que ela seja tão pura como costumava ser”, afirmou a pesquisadora.


Emanuela Canghiari durante a apresentação do seu trabalho na região do Peru
Emanuela Canghiari durante a apresentação do seu trabalho na região do Peru

A última roda de conversa da manhã foi sobre o Conjunto Paraty e Ilha Grande - Sítio Misto do Patrimônio Cultural e Natural e Cais do Valongo - Patrimônio Mundial”. 


As participantes deste momento foram Cristiana Maseda, diretora geral Casa da Cultura de Paraty, Marcela Cananea, coordenadora do Fórum de Comunidades Tradicionais de Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba; Helena Tavares, assessora do Fórum de Comunidades Tradicionais de Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba; e Jeanne Cristina Menezes Crespo, diretora do Centro Nacional de Arqueologia - IPHAN.


Elas apresentaram as experiências de patrimonialização arqueológica do Cais do Valongo e do patrimônio misto de Paraty e Ilha Grande.


As palestrantes falando sobre o legado cultural do Cais do Valongo
As palestrantes falando sobre o legado cultural do Cais do Valongo

De acordo com Jeane Crespo, o sítio arqueológico abriga artefatos culturais e religiosos, e sua conservação preserva a memória das primeiras ocupações do território. 


Cristiane Maceda apresentou o sítio de Paraty, um sítio misto que abrange um território de quase 149 mil hectares. Ela falou que o processo de candidatura do bem ao patrimônio mundial, envolvendo preservação da biodiversidade e da arqueologia, afirmando que Paraty e Ilha Grande são locais marcados por essa coexistência entre uma cultura viva e ancestral em um ambiente natural e extenso.


Marcela Cananea, coordenadora do Fórum de Comunidades Tradicionais de Angra dos Reis, apontou a importância de preservar e conservar essa cultura viva através do turismo comunitário, protegendo o meio ambiente e valorizando as tradições das comunidades indígenas que habitam o território.


“Inicialmente a gente se organizou muito para o enfrentamento dessas ameaças e desses conflitos. E com o tempo a gente começou a se organizar para mostrar o que essas comunidades têm de melhor. A gente entendeu que mostrar o que a gente tem de melhor é a melhor forma de defesa. Então a gente trabalha com agroecologia, com a pesca artesanal, com a educação diferenciada, cozinha das tradições, turismo de base comunitária, saneamento ecológico, formação de juventudes, além de muitas outras coisas”, disse Marcela Cananea durante a roda de conversa.


Marcela Cananea compartilhando suas experiências durante a palestra
Marcela Cananea compartilhando suas experiências durante a palestra

A manhã do último dia do VI Seminário Internacional Bacia Cultural Sociobiodiversa da Chapada do Araripe Patrimônio Dá Humanidade foi palco de rodas de conversas ricas e de muito conhecimento sobre a salvaguarda do patrimônio nacional e internacional.


O Seminário é uma realização do Sistema Fecomércio Ceará por meio do SESC com organização da Fundação Casa Grande - Memorial do Homem Kariri.




 
 
 

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